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Blog destinado a tecer comentários sobre locais, fora da residência habitual, conhecidos pelo autor em suas viagens, a serviço e a passeio, citando as principais atrações e belezas de cada cidade, bem como os elos que o prenderam a algumas.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
viagens-madeira-comentários(A África)
Marrocos
O denominado continente negro teve minha visita em momentos diferentes. Da primeira vez estive de passagem com meus pais, em Dakar, capital do Senegal, e em outra em Monróvia, capital da Libéria. Essa África Negra nas capitais tem, apesar das características regionais, cidades desenvolvidas, com belos edifícios, nada que se pense de locais selvagens ou atrasados, o que, como no nosso nordeste, só existe no interior, nunca nas capitais. O que estranhamos são os costumes locais, das roupas exóticas, ainda usadas por muitos, à alimentação, mas principalmente as músicas e danças e o alarido, pois falam muito alto e ao mesmo tempo. Já a África muçulmana conheci muito bem porque passei quinze dias varrendo Marrocos, em uma excursão muito bem organizada por uma empresa espanhola, a Juliá Tours, e é algo sensacional, lindo, diferente, apaixonante, com suas cidades antigas dentro de grandes muralhas, algumas com casas construídas dentro de verdadeiros buracos, e figuras típicas só encontradas lá, como os vendedores de água e os encantadores de serpentes, da naja, única que se presta a tanto. Os tocadores de burricos carregados de tralhas e os vendedores também são marcantes. Imaginem que lá é proibida a compra de qualquer coisa sem haver uma barganha demorada, com preços distantes, até as duas partes, vendedor e comprador, chegarem ao meio, a um preço comum, isto tudo sentados no chão em um tapete, e tomando um chá local ruim paca. Se você tentar aceitar o preço dito da compra o vendedor se sente ofendido e vai embora para o interior da loja, não te vende mais nada. É tão diferenciado de nós que só é permitido você fazer turismo naquelas regíões com guia local. Outro fato marcante foi a visita aos locais onde defumam o couro dos camelos e de outros animais regionais, pois ainda o fazem em locais milenares, ao ar livre, com o auxílio da natureza e um fedor imenso, incrível, que obriga todos que vão conhecer esses locais a receber e usar, colados ao nariz, molhos de hortelã.Lá tive a ocasião de ver e depois de participar de uma dança do ventre,pois após,como bom turista fui tirado para dançar por uma bailarina e ela inclusive fez me deitar no tapete onde dançava e deitou em cima,para gaudio de Terezinha,que me gozou muito,principalmente pelos pés rachados dela.Também marcante é a religiosidade deles, com orações a cada seis horas a partir das seis horas da manhã, ou seja, ao clarear o dia, ao meio-dia e às seis horas da tarde, quando todos têm de se virar para Meca, prostrando-se e orando aos gritos, aos lamentos, mas antes tendo de lavar as extremidades do corpo, pés e mãos. Estejam onde estiverem, fazendo o que quer que seja, todo mundo tem de fazê-lo e nós, estrangeiros, ficamos quietos, em posição respeitosa. Fomos e voltamos ao Marrocos atravessando o Estreito de Gibraltar em uma balsa imensa, carregada de gente, animais, carros, caminhões e ônibus, já em uma balbúrdia terrível mas com uma vista linda, que incluiu a visão da terrível penitenciária de Alcatraz. Marrocos é o centro mais adiantado do mundo em cirurgia plástica, e em especial na troca de sexo, com cirurgiões locais e europeus, em especial franceses, que lá estiveram como colonizadores e deixaram várias heranças culturais, entre tantas a língua, que lá é falada além dos dialetos locais. Lá estivemos sempre hospedados em hotéis de alto luxo; Fez, Tanger, Rabat, cidades mais tradicionais, e nas cosmopolitas Casablanca, onde conhecemos os locais onde foi filmado "Casablanca" com Bogart e Ingrid Bergman, incluindo o bar e o piano imortalizados no filme, e Marrakech, chegando a Agadir, onde vimos os beduínos e suas caravanas (não vimos o sheique de Agadir...). Aliás, os beduínos, nômades que residem no deserto do Saara, usam aqueles turbantes imensos na cabeça por serem os mesmos a proteção para o sol, e para o frio do deserto à noite, quando cobrem-se com eles, e principalmente como caixão, pois quando morrem são enrolados neles e assim enterrados. Marrocos foi um show de conhecimento e de cultura, e é um país muito organizado e que roda muito bem. Ao lado da África estive em cruzeiros marítimos em dois conjuntos de ilhas, muito belos, um de domínio português, a ilha da Madeira e Funchal, e outro espanhol, as Ilhas Canárias. A África, dentro do que conheci, é Cinco Estrelas, em especial o Marrocos. Madeira
Marrocos novamente
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