Batendo perna!

Batendo perna!
E arruma mala/desfaz mala/arruma mala/desfaz mala...

Blog destinado a tecer comentários sobre locais, fora da residência habitual, conhecidos pelo autor em suas viagens, a serviço e a passeio, citando as principais atrações e belezas de cada cidade, bem como os elos que o prenderam a algumas.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

viagens-madeira-comentários(Amazonas)



O estado do Amazonas, dentro da Amazônia, é uma demonstração estupenda do que é a natureza. Nada mais exuberante, assustador e misterioso que a floresta amazônica e seus rios caudalosos, alguns plácidos, outros nem tanto, com uma diversificação da fauna e da flora incomensurável. O nascer do dia é grandioso, o anoitecer embriagante, em especial no meio do Solimões (nome do Amazonas até a cidade de Manaus), com locais onde não se vê a outra margem. Manaus já não é somente a zona franca. Como todas as capitais brasileiras, é uma metrópole com seus shoppings, restaurantes (principalmente os típicos) e hotéis maravilhosos, os dois principais à beira-rio, na praia fluvial de Ponta Negra: o Tropical Business e o imperdível Tropical Resort, além de hotéis na selva, sendo os principais o Acajatuba Jungle Lodge e o Ariau Jungle Tower, nos quais se realizam a focagem de jacaré, a pescaria de piranha, a observação de pássaros da região e os passeios de canoas, todas atividades muito interessantes. Da época da borracha e de sua riqueza encontram-se no centro de Manaus construções suntuosas, belas, como o Mercado Municipal e o Teatro Amazonas (com sua cúpula colorida, todo ele em art nouveau). Nos restaurantes e bares pratos típicos deliciosos, como a costela de tambaqui (peixe da região, muito carnoso), pirarucu e inúmeros outros peixes só lá existentes, pois no Amazonas e afluentes existem mais de duas mil espécies diferentes deles. É indispensável provar o guaraná, fruto local preparado de várias formas. O encontro das águas dos rios Solimões (barrento, veloz, frio e largo) e Negro (lento e quente, próximo de Manaus), com suas águas de difícil mistura por essas profundas diferenças, correndo lado a lado até juntarem-se depois de muitos quilômetros, formando o Amazonas, é imperdível. Para vivenciar esses rios nada como um cruzeiro fluvial que fiz duas vezes na década de 70 (quando havia navios brasileiros de turismo na nossa costa), no navio Anna Nery, e fiz agora recentemente no navio Grand Amazon, da Ibero Star, um luxuoso barco-hotel cinco estrelas que navega nos dois rios, em cruzeiro de sete dias, ou em apenas um deles, na metade deste tempo. É um passeio indescritível, amanhecendo e anoitecendo no rio longe de ruídos, a não ser os misteriosos da selva, com todo o conforto e a atenção de uma tripulação recrutada na região, que sabe explicar tudo nos mínimos detalhes. No interior do estado temos uma festa regional de sustar o fôlego, o boi de Parintins. Conheci Parintins antes de ser o boi uma festa nacional, mostrada pelas TV´s e falada em todo o país. Era uma cidadedezinha de interior que já tinha a tradição do boi, mas restrita aos moradores. Hoje, com o avanço das comunicações e dos transportes (Parintins tem um bom aeroporto), tornou-se pujante, um espetáculo de cores, mas muito mais de mídia, em todo caso excelente para se participar in loco. Amazonas, Amazônia: já lá estive uma meia dúzia de vezes e recomendo, com tempo suficiente para o cruzeiro fluvial, o boi de Parintins (junho) e uma volta por Manaus.Passeios e locais Cinco estrelas.Madeira

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Vila Velha, ES, Brazil
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