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Blog destinado a tecer comentários sobre locais, fora da residência habitual, conhecidos pelo autor em suas viagens, a serviço e a passeio, citando as principais atrações e belezas de cada cidade, bem como os elos que o prenderam a algumas.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
viagens-madeira-comentários(A América do Sul)
A cosmopolita metrópole de Buenos Aires
Já estive em vários países da América do Sul, alguns, limítrofes e mais adiantados, várias vezes. A Argentina, com seus altos e baixos econômicos e políticos é atraente e imperdível. Apesar de temores e do nariz empinado nos tratam bem, e de fato, pela origem latina, têm muita coisa em comum, como verdadeiros "hermanos". Alimentação farta, muita diversão, bares excelentes, preços convidativos, clima gostoso, futebol apaixonante (muito mais disputado e sério que o nosso e só a camisa pode explicar termos mais mundiais que eles); enfim, é muito bom ir à terra deles. Buenos Aires, a Paris das Américas, em especial, é uma delícia de cidade, cosmopolita, alegre, grandiosa, prazerosa, com passeios e compras na rua Florida e adjacências, um almoço no rei das papas fritas, uma esticada a qualquer casa de tangos (gosto mais do El Viejo Almacen e da Esquina Carlos Gardel), uma noitada no Puerto Madero, local que foi transformado de cais do porto em atração da noite com muita música, alegria e bares acolhedores, é imperdível, pois transforma mesmo a noite em uma criança. Bariloche, centro turístico de excelência, com muitos passeios bonitos e muito local para esquiar no inverno, é também entrada para os lagos andinos, um passeio divino, pois nos faz sentir perto da natureza terrena, presente DELE. Mar del Plata, outra cidade que visitei, é um bom passeio. Atravessar o Rio da Prata em um aliscafo(lancha de porte, mas veloz) e chegar à Montevidéu, cidade muito mais tranqüila, bem circunspecta, de casarios antigos muito bonitos, com os motoristas de táxi dos mais velozes e doidos, é atraente. Come-se muito bem e barato, e visitam-se museus com belas histórias; a partir dela (ou de navio, como fui quatro vezes) tem-se Punta del Este, um balneário lindíssimo, moderno, funcional, que conhece-se bem alugando uma bicicleta, com restaurantes de categoria, suas focas e leões marinhos preguiçosos, dois tipos de praia diferentes, uma de rio e outra de mar e um hotel-cassino, o Conrad, imponente e caro; enfim, tornam-na agradabilíssima de se estar. Esse par de países é Cinco Estrelas, e para se ir com tempo e retornar.
Punta del Este: inebriante
No Paraguai, Assunción é de contrastes, como as demais capitais da América Latina em geral: áreas de belas casas e muita riqueza, fruto das oligarquias dominantes, e áreas de uma pobreza imensa. Vale apenas pelos shows típicos, com uma música indígena triste mas gostosa de ser ouvida, e para se conhecer o seu povo, povo que, apesar de alguns políticos imbecis tentarem colocar o Brasil como um Império do Mal, nos trata muito bem. Fora Assunción e seu cassino (para quem gosta), na estrada que liga à Foz do Iguaçu temos o lago nada azul de Ypacaraí - nada demais. Subindo estive no Peru, em Lima, mesmo padrão de capital, com um shopping ao ar livre, encravado na montanha e de frente para o oceano pacífico; capital seca, com baixíssimo índice pluviométrico mas de jardins lindos e bem tratados. Mas o ponto alto do Peru é a região de Cuzco, capital do Império Inca, com belíssimas obras deles e seu ar rarefeito, onde eu e o Caio tomamos o chá de coca, que de fato ajuda a respirar, e comemos frango até cansar, pois é o alimento indicado para não passar mal. Subindo de trem, em um passeio fantástico, de metade do dia, temos Machu Pichu, onde nos hospedamos no vilarejo ao lado da cidade. Indescritível, inacreditável encontrar, em um lugar tão distante de tudo, e em uma altura vertiginosa, construções magnificamente edificadas, resistentes, organizadas e de todo tipo, ou seja, das residenciais e científicas aos templos e prédios públicos. Lindo, diferente, emocionante: assim é Machu Pichu.
Cuzco: de tirar o fôlego (mesmo)
No Chile, Santiago, sua capital, mostra toda a pujança de um povo trabalhador e sério como o chileno. De todos os países das Américas é o mais organizado, tudo funciona certinho. Povo respeitador, que chega a ser quadradinho - como chamamos os caxias -: assim é o chileno. Cidade limpa, funcional, com excelentes hotéis e restaurantes e magníficos shows, principalmente os ligados aos costumes da Ilha de Páscoa. Visitar as caves e as adegas chilenas é parte importante, e comprar alguma lembrança para casa ou uma jóia da pedra local, o lapizazzuli, é necessário por sua tipicidade.
Chile
Viña Del Mar e Valparaíso, que se misturam pois são coladas, fazem parte de um belo passeio pelo litoral do oceano pacífico. A entrada dos lagos andinos pelo lado chileno é mais bonita que por Bariloche, com suas neves eternas e estações de esqui maravilhosas, como as de El Valle Nevado e Portilho, onde estive mas não tive peito para esquiar.
Santiago do Chile: imponência natural e humana
Para completar meus passeios pela América do Sul é impressionante o cruzeiro marítimo (fiz no navio maior, o Australis) que sai de Ushuaia, na Patagônia argentina, denominada o fim do mundo, e vai até o último ponto, habitado por um oficial da marinha chilena e sua família, em um farol insular, de frente para a calota polar, a Antártida. Junto com os lagos andinos é o outro lugar onde sente-se a natureza em toda a sua plenitude, e o conjunto da obra divina. Impossível descrever o sentimento de cruzar com amplos campos de gelo, com icebergs gigantescos, com o estrondo que é quando um bloco gigante de gelo desprende-se do principal e rola até chegar ao mar, isso tudo dentro de um silêncio completo. Cinco Estrelas para todos esses passeios, diferentes entre si, mas todos muito bons. Madeira
A Patagônia argentina...
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